sexta-feira, 14 de abril de 2017

4 sandices de Abel

O Fluminense causou uma impressão muito boa no início de temporada com um futebol vistoso, a conquista da Taça Guanabara e os avanços na Copa do Brasil. Atribuímos a chegada de Abel Braga ao tricolor. O técnico chegou com discurso de que nunca estudara tanto e é tido como o único dos técnicos da velha guarda (tem 64 anos) a estar trabalhando e bem.

Foto: SRZD
Mas o que se viu nos dois últimos jogos do Fluminense foi o velho Abel: teimoso, com ideia fixa e com nenhum planejamento. O jogo inútil contra o Botafogo e o decisivo e valioso contra o Goiás, pela Copa do Brasil, foram duas das piores partidas da equipe no ano e os erros do técnico se sucederam.

1 - Escalação do Orejuela contra o Botafogo - O jogador equatoriano tinha se apresentado pela seleção de seu país e, de maneira inacreditável, foi para o jogo que não valia absolutamente nada, correndo o risco de lesão. Dizem que foi um castigo ao atleta que estava com a cabeça na Europa. Mas arroubos de autoridade podem prejudicar o clube.

2 - Colocar o Richarlison em campo contra o Botafogo - O jogo inútil do inútil campeonato carioca já estava 3x0 para o Botafogo e o Fluminense precisava fazer 4 gols em pouco tempo para fazer o outro jogo inútil da inútil Taça Rio. E, numa sandice sem fim, Abel colocou em campo Richarlison e Sornoza. Para que? Por que? Acho que nem ele mesmo sabe! Richarlison marcou de pênalti mas se lesionou e desfalcou o time contra o Goiás no jogo que realmente valia alguma coisa.

3 - Escalação do Marcos Junior contra o Goiás - Com lesão do Richarlison (provocada pela sandice n° 2), Abel escolheu o dublê de jogador Marcos Junior. E por que? Porque Abel tem uma dificuldade imensa de criar alternativas táticas, variações de acordo com a necessidade. Nos estudos que disse ter feito, aprendeu que tem obrigatoriamente que jogar com 3 atacantes. Ainda assim, deveria ter entrado com o Calazans que ajudaria o fraco Leo na marcação e seria opção pela esquerda. Alguns dirão: mas ele fez o gol! E responderei: é verdade. Mas Marcos Junior embola o meio, atrapalha as ações ofensivas e erra passes em demasia.

4 - A saída de Sornoza - Tudo começa (como em muitos gols que o tricolor leva) no ataque do Fluminense. Renato Chaves estava fora de campo pois tinha sangue em sua camisa e Henrique estava na área tentando a bola aérea. O Goiás retomou a bola e, como sempre, a nossa recomposição foi lenta. Quando a bola foi lançada para o atacante goiano, Henrique estava de volante, Orejuela e Leo de zagueiros e Marcos Junior de lateral esquerdo. Resultado: Cavalieri saiu da área derrubou o atacante do Goiás e foi justamente expulso. Nesse momento, qualquer técnico inteligente pensaria em tirar um dos 3 atacantes, até mesmo o Pedro que entrara no lugar do lesionado Henrique Dourado. Mas não o teimoso e "estudado" Abel. Ele tirou Sornoza de campo e simplesmente acabou com o meio-campo e com a possibilidade do Fluminense manter a posse de bola, importante pois o Flu vencia por 1x0.

Nunca discuti a pessoa Abel Braga. Não o conheço pessoalmente mas me parece um cara bacana. Mas o técnico Abel não me agrada. Nunca me agradou. Em 2005 insistia com Tiuí, Beto, Leo Guerra, etc. Em 2012, todo jogo entrava o Diguinho e os fins de jogos se transformavam em dramas. Perdeu brasileiro pro Bahia, Copa do Brasil para Paulista e Santo André e tomou um calor do Volta Redonda, com Tulio no ataque, no carioca de 2005. Em 2017 vejo que não mudou nada, não aprendeu nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário