quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Uma dura derrota e a hora da renovação

A derrota, e a consequente eliminação, para a China nas quartas-de-final dos Jogos Olímpicos foi, na verdade, uma fatalidade. Aquele dia em que nada deu certo a partir de um determinado momento. Esse momento foi o fim do primeiro set que nos deu a falsa impressão de um atropelamento. O placar de 25-15 parecia um indicativo de uma classificação fácil para pegar a Holanda. Mas não foi.

A partir do segundo set, a China melhorou muito e o Brasil piorou demais. O passe já não saía e, consequência natural, as jogadas eram facilmente marcadas pelo bloqueio/defesa chinês. Ainda assim, tivemos vantagem no final do segundo set e não conseguimos fechar. No final, vitória chinesa por 3x2.

Foto: Globoesporte.com
E agora? Como será o novo ciclo olímpico? O time que se despediu das Olimpíadas do Rio e não conseguiu o TRI campeonato é um time de imenso talento, uma lenda no esporte mundial mas é um time de veteranas. No atual ciclo, renovação mesmo foram Leia e Gabi. E deveria ter também a levantadora Roberta preterida de maneira inacreditável pela veteraníssima Fabíola. Sheilla tem 33 anos, Fê Garay tem 30, Fabiana, 31, Jaqueline, 32, Dani Lins, 31, Juciely, 35. Daqui a 4 anos como estarão fisicamente, como estarão em termos de disposição para mais um ciclo olímpico?

O esporte brasileiro tem uma terrível dificuldade de renovação e a razão é simples: todo e qualquer investimento é apenas no alto rendimento. Raros são os momentos em que a base é valorizada como se deve. O basquete feminino, após a saída de cena do trio Paula, Hortência e Janete entrou em queda livre e o poço parece não ter fundo. Os dirigentes das Confederações querem apenas tirar "uma casquinha" das conquistas mas escondem-se nos fracassos. Mais de 20 milhões em recursos públicos desapareceram em algumas Confederações e por aí vai.

A tarefa de José Roberto Guimarães é árdua mas tem que começar já. Nas próximas competições devemos ter Roberta e outras revelações adquirindo experiência na seleção com as remanescentes de uma campanha que era brilhante e que sucumbiu ao injusto mata-mata. 4 anos parecem muito mas passam num piscar de olhos quando se trata de um ciclo olímpico. As olimpíadas de Tóquio já batem à porta do planejamento.

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