sábado, 20 de agosto de 2016

A História passou como um Raio pelo Rio

Aos 45 anos já vi muita coisa, muita gente boa. Não vi Pelé, Fangio ou Adhemar. Mas vi Maradona, Senna e João do Pulo. Também vi o trio de ouro da NBA, Bird, Johnson e Jordan. Vi Carl Lewis dominante e Ben Johnson dopado sabotando o esporte. Vi Alex Baumann destruir o sonho do título olímpico de Ricardo Prado. Vi grandes heróis olímpicos como Phelps, Luganis, Comaneci, Popov, entre outros.



Ontem, vimos a História passar pelo Rio de Janeiro. Passou como um raio. Usain Bolt conquistou na pista do Engenhão o seu TRI TRI campeonato e encerrou sua carreira olímpica aos 30 anos.Ainda que sem condições de quebrar seus recordes mundiais, Bolt foi, e é, imbatível. De 2008 para cá, Bolt só perdeu uma prova em Mundiais ou Olimpíadas, a dos 100m no Mundial Daegu. Ainda assim, ninguém foi mais rápido que ele. O Raio queimou a largada e foi desclassificado.

Bolt dizia em uma propaganda que nos últimos 10 metros ninguém o pega. Não, Bolt. Nos últimos 10, 20, 50 ou 100 metros ninguém o pega. Ontem, o bastão foi entregue a Bolt um pouquinho depois que foi entregue ao último corredor japonês. E aí, meus caros, não tem pra ninguém. O Raio disparou e chegou com uns 5 metros de vantagem.



O jamaicano do carisma, aquele que pôs chifrinho no repórter Mendel Bydlowski enquanto ele falava para as câmeras, aquele que tira selfie com a torcida, mas que, sobretudo, causa espanto com sua velocidade não correrá em Tóquio, encerrou sua carreira no Rio ganhando, como sempre, os 100, 200 e o revezamento 4x100 metros rasos. Pra quem diz que um raio não cai no mesmo lugar duas vezes, O Raio rasgou as Olimpíadas por 9 vezes, 9 ouros.

O bom de envelhecer é ver a História passar diante de seus olhos, é poder ter visto Carl Lewis e Usain Bolt, dois dos maiores velocistas da história. Valeu, Usain!

Nenhum comentário:

Postar um comentário