segunda-feira, 23 de novembro de 2015

2015: O inesquecível ano de Novak Djokovic


11 títulos, sendo desses 3 Grand Slams, 6 Masters 1000, 5º título no ATP Finals, final em praticamente todos os torneios que disputou (exceto Doha, primeiro torneio da temporada), apenas 5 derrotas no ano, além de ter passado lendas como John McEnroe e Rafael Nadal e entrado no top 5 em semanas como número 1 no ranking na era aberta. Contra os fatos não há argumentos. O domínio que Novak Djokovic vem tendo no circuito é algo absurdo, não a toa está com o dobro de pontos em relação ao segundo colocado no ranking, Andy Murray. Pra mim superando, inclusive, aquele fantástico ano em 2011, em que ele "apareceu" definitivamente como protagonista do tênis mundial.

Falando sobre o ATP Finals, encerrado nesse domingo, torneio em que reúne os 8 melhores tenistas da temporada, Djokovic começou arrasador, mostrando que queria o quinto título do torneio, atropelou Nishikori num duplo 6/1. Logo em seguida, veio o clássico contra Roger Federer, onde o suiço foi mais regular e acabou vencendo em dois sets. Mas aí que tá, o torneio permite perder nessa fase de grupos e se recuperar nele. Foi isso o que aconteceu com Djokovic, vencendo Tomas Berdych, mesmo tendo uma atuação irregular por 6/3 e 7/5 e avançando para a semifinal, onde ele teria simplesmente, Rafael Nadal, que ainda vem tentando recuperar a boa forma. Mas quando o torneio vai chegando na reta final, geralmente é aí que Djokovic cresce e com uma atuação muito sólida praticamente não deu brechas para o espanhol e anotou um duplo 6/3. Chegou a final e novamente o clássico contra Federer, pela 44ª vez, sendo o 18º encontro em finais, e assim como em Wimbledon e no Us Open esse ano, vitória de Djokovic com uma atuação impecável por 6/3 e 6/4, coroando a grandíssima temporada de 2015.

Acredito que o sucesso de Novak Djokovic, transformando-o nesse "monstro" é um jogo de base muito sólido aliado a uma força mental incrível, mas acima de tudo o trabalho árduo com o seu técnico Boris Becker que vem o fazendo evoluir cada vez mais em vários aspectos do seu jogo e desde dezembro de 2013 quando Becker integrou a equipe de Novak Djokovic, estamos notando essa evolução, Novak tem ido mais a rede, apesar de não ser seu ponto forte e ele está bem mais concentrado, dificilmente o vemos perdendo um jogo no mental.

Vale ressaltar também como Roger Federer vem mantendo o grande nível de jogo mesmo com a idade, é de se aplaudir. Não a toa é considerado por muitos como o melhor jogador de todos os tempos, pela forma plástica em que ele joga. É uma pena que a tendência é logo se aposentar, mas enquanto isso não acontece temos que aproveitar e ver essa lenda jogar o quanto pudermos. O tênis agradece.

Nenhum comentário:

Postar um comentário