quinta-feira, 3 de setembro de 2015

CBF acaba com o futebol brasileiro

O caos tomou conta do campeonato brasileiro. Ruptura é a única salvação


A incapacidade da CBF em gerir o futebol chegou ao ápice na noite de ontem. Problemas sérios de arbitragem em diversos jogos. Moisés Lucarelli, Serra Dourada, Independência e Itaquerão viram verdadeiras aulas de erros primários que, somados a tantos outros, mancham o campeonato brasileiro de 2015 tal e qual fora manchado o de 10 anos atrás.

Os personagens são sempre os mesmos. Sandro Meira Ricci, Marcelo de Lima Henrique e Sérgio Correa. Onde tem confusão com arbitragem, esses 3 senhores estão lá. Parece que são escalados pela vida para aparecerem nesses momentos.



Mas erra quem pensa que são os únicos responsáveis pelo caos que tomou conta do futebol brasileiro. Não podemos nos esquecer da humilhação na Copa do Mundo, da prisão de José Maria Marin e do pavor de Marco Polo del Nero de viajar ao exterior. Esse cenário basta para perceber que está tudo errado.

A falta de profissionalização da arbitragem, as orientações da comissão de arbitragem que não são respaldadas pela regra do jogo, a lei do silêncio imposta a jogadores e técnicos mostram que o rumo foi perdido. Ou, como lembrou um amigo, pode ser engendrado para permitir a virada de mesa que salve o Vasco da Gama. Vindo da CBF e Federações tudo é possível.

Mas os clubes também têm culpa. Aparecem sempre que são prejudicados pela pior arbitragem do mundo, Mas quando são beneficiados (vide o Corinthians) ficam mudos. Estão defecando e caminhando para a lisura, para a honestidade. Agem no famoso "farinha pouca, meu pirão primeiro" ou, pior, no "roubado é mais gostoso". Os torcedores, por sua vez, são iguaizinhos aos dirigentes e só se mobilizam, ainda que em redes sociais, quando seu time é prejudicado.



Seja como for, a única saída para o futebol brasileiro, para os clubes, é a ruptura com a CBF. A criação da Liga, ainda que a CBF não autorize, é o caminho da sobrevivência do futebol e dos clubes brasileiros. Uma Liga gerida por profissionais com experiência em Ligas mundo afora, onde a negociação de cotas seja justa, a arbitragem profissional e que dê visibilidade ao campeonato no exterior. Uma Liga que atue no mesmo período do calendário europeu, sem os nefastos estaduais, com regras claras e sem recomendações ilegais do ponto de vista das regras do jogo.

Você pode dizer: "tá louco! Se criar a Liga sem autorização, o clube é desfiliado, não pode jogar a Libertadores e a seleção pode ser suspensa". Ao que responderei: pior pra Libertadores, pra CBF e pra Seleção. Se houver (houvesse) união dos clubes, a CBF nada poderia fazer. Mas o jogo é duro e muitas vezes rasteiro.

Infelizmente é apenas um sonho. Um sonho distante, ainda que a desgraça esteja tão perto daqueles que amam o futebol, os clubes brasileiros. Não reclamem, no futuro próximo, se as gerações que virão curtirem mais Barcelona, Juventus, Manchester City do que Flamengo, Corinthians ou Fluminense. Os atuais dirigentes dos clubes, com ua covardia, conivência  cumplicidade com a CBF estão plantando essa semente.

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