sábado, 16 de outubro de 2010

13 jogos do Fluzão - Fluminense 1x0 Flamengo - 1984

O Fluminense perdera a Taça Guanabara para o Flamengo e eu perdi a linha com a professora de Matemática, Maria de Lourdes que, após a tragédia, foi dar aula com a camisa do Flamengo por baixo do jaleco. Aquele gol do Adílio me deu uma tristeza gigante pois não me lembrava do FLU perder uma final.

Mas o FLU conseguiu o impossível. Depois de perder de 2x1 pro Vasco e de 4x2 para o Botafogo, o Flamengo empatou em 1x1 com o Campo Grande. Na rodada seguinte, o FLU, com gols de Assis (sempre ele) e Washington venceu o Flamengo por 2x1 e se credenciou ao triangular final contra o próprio Flamengo e contra o Vasco.

No primeiro jogo, o Flu deu um show e bateu o Vasco por 2x0, gols de Romerito e Paulinho. O Flamengo também passou pelo Vasco e a grande final estava marcada para o dia 16 de dezembro. Véspera da prova final de matemática com a Maria de Lourdes.

Acordei no dia da final confiante como sempre. Ganharemos apesar dos desfalques, pensava. O tempo foi passando e a hora de ir pro Maraca chegando. Chegou. Parti para o maior do mundo com a certeza do título.

O Maraca foi enchendo, enchendo, enchendo e não cabia mais ninguém perto da hora do jogo. Aí, a torcida do Flamengo solta um urubu no estádio, como fizera no ano anterior. O bicho deu vários rasantes próximo a Young. Até que num deles, foi abatido. Muitos pisaram no bicho perto de onde eu estava e jogaram o defunto, todo quebrado, na geral. E da geral foi pra beira do campo.

O jogo foi difícil. O primeiro tempo teve poucas chances de gol. Nosso esquadrão entrou em campo com alguns desfalques e jogou com Paulo Victor; Aldo, Duílio, Vica e Renato; Leomir, Renê e Assis: Romerito, Washington e Tato. O Flamengo tinha Fillol, Leandro, Jorginho, Adílio, Nunes, Bebeto, Andrade, Mozer e Tita. Dois grandes times, um grande jogo.

No segundo tempo, o Flamengo teve 3 grandes chances com Elder, Adílio e Nunes, todas defendidas pelo melhor goleiro do Brasil da época, Paulo Victor. Aos 30 do segundo tempo, Renê tocou pra Aldo que fez um cruzamento perfeito na cabeça do Assis. Fillol ficou paradinho olhando a bola sair da cabeça do carrasco e entrar no ângulo. Era o gol do Bi-campeonato carioca. 15 minutos depois, José Roberto Wrigth apitou o final do jogo e começou a verdadeira festa do Rio de Janeiro. Festa do Fluzão campeão.



Mais uma vez os bares do Rio estavam vestidos de verde, grená e branco. Mais uma vez vencíamos nosso freguês em finais. Mais uma vez a mais bela torcida do mundo enchia o Rio de Janeiro de bandeiras e camisas tricolores.

O dia seguinte? A prova de recuperação? Tirei 9 na recuperação e dei uma faixa de campeão tricolor para a professora urubunda Maria de Lourdes!

Veja, abaixo o jogo completo



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