domingo, 21 de março de 2010

50 anos - Parabéns Ayrton

Saudades eternas

Aprendi a assistir a fórmula 1 com Emerson Fittipaldi, James Hunt, Mario Andretti, Niki Lauda, Ronnie Peterson, entre outros. Vi vitórias, derrotas, assisti ao vivo à morte de Peterson. Vi a Copersucar começar, uma aventura brasileira. Todo o ambiente me fez apaixonar. Aí vieram Gilles Vileneuve e Nelson Piquet, dois ídolos. Vi Gilles morrer, na Bélgica e Piquet vencer 2 títulos mundiais (81 e 83).



E eis que, em 1984, surge um gênio. Em Mônaco, na chuva, genial. Ganharia se a prova não fosse interrompida. Da Tolleman para a Lotus e as vitórias chegaram. Foram 6 pelo time de Colin Chapman. De lá para o período de glórias na McLaren: 3 títulos e 35 vitórias pelo time inglês.



Senna não gostava e não sabia perder. Certa vez disse que "o importante é ganhar. Tudo e sempre". Não entrarei em clichês do tipo " estava a frente do seu tempo" mas seus tempos estavam sempre a frente dos tempos dos outros.

Nossas manhãs de domingo que já eram alegres com Piquet, ganharam contornos de festa com Ayrton. Sentávamos na frente da TV aguardando as façanhas daquele jovem ousado. Sabíamos que nosso herói era invencível e imortal. Tínhamos a certeza que, fosse qual fosse a dificuldade, ele daria um jeito e nos faria vencedores.



Naquele 01 de maio de 1994 todas as nossas teorias cairam por terra. Todos os sonhos de Senna, fosse bater o então recorde de 51 vitórias de Prost ou os 5 títulos de Fangio, foram destruídos. O mundo silenciou na sétima volta daquele GP maldito. Atônitos todos viam o carro destruído e o corpo inerte de Senna dizendo: levanta. levanta. Levanta. Mas ele não levantou. Não mais abriu os olhos. Não mais fez o que gostava.

A partir daquele momento tínhamos que nos sentir vencedores por nossas próprias pernas e forças pois o ídolo, o herói, havia partido. Pra sempre. Ele não realizou seus sonhos: 51 vitórias, 5 títulos mundiais e guiar pela Ferrari. A nós, a saudade.

Hoje, ele faria 50 anos. Aliás, hoje ele faz 50 anos pois os ídolos não morrem jamais.

Parabéns, campeão

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