Corridas épicas, tragédias, duelos, mitos construiram a principal categoria do automoblismo mundial
A Fórmula 1 desembarcou na China para a terceira corrida do mundial de 2019 e para fazer história. A corrida em solo chinês será a de n° 1000 da categoria e muitos eventos estão marcados para esse fim de semana.
Jim Clark |
Essa corrida emblemática merecia um circuto mais tradicional com um público apaixonado por automobilismo. Spa, Monza ou Silverstone seriam ideais para essa prova mas a FIA decidiu não mudar o calendário (provavelmente por questoes comerciais) e a prova 1000 acabou parando na China.
Ao longo desses mil GPs, muitas Histórias foram escritas por gênios e pilotos medíocres. O que dizer de Vittório Brambilla "Gorila de Monza" que venceu apenas uma corrida e ainda bateu depois da bandeirada, na Áustria em 1975? Ou a vitória de Riccardo Patrese em Mônaco, 1982, quando só ele cruzou a linha de chegada? Ou ainda a torcida italiana vibrando com a batida do também italiano Riccardo Patrese, em Ímola, pois sua saída da prova daria a vitória para a Ferrari do francês Patrick Tambay?
Para nós brasileiros, a Fórmula 1 virou febre com as vitórias e títulos de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna! Fittipaldi sendo campeão com seu avô narrando a corrida em Monza, dobradinha de Piquet e Senna no assassinado autódromo de Jacarepaguá, Vitória de Senna em Interlagos com uma só marcha, em 1991!
Tragédias também fizeram parte da História da Fórmula 1. A morte de Roland Ratzemberger e Ayrton Senna no mesmo fim de semana em San Marino, 1994. A morte de Gilles Villeneuve, quando o banco do carro se soltou e voou com o piloto para o outro lado da pista, em Zolder, Bélgica, 1982. A morte de Ronnie Peterson no seu carro em chamas em Monza, 1978. A morte de François Cevert, decapitado após sua Tyrrel passar por baixo do guard rail, em 1973. Ou a morte do gênio Jim Clark em Hockenhein, Alemanha, em 1968.
Vigarices também fizeram parte da Fórmula 1 nesses 1000 GPs. Quem não se lembra do encerramento do GP de Mônaco de 1984, quando Ayrton Senna se aproximava velozmente para assumir a liderança de Alain Prost? Ou o próprio Alain Prost jogando seu carro em cima de seu companheiro de equipe Ayrton Senna, no Japão em 1989? Ou o troco de Ayrton em Prost no ano seguinte na mesma pista de Suzuka? Ou Michael Schumacher jogando seu carro em cima de Damon Hill em 1994 na Austrália e em cima de Jacques Villeneuve, em 1997, em Jerez de La Frontera.
Gilles Villeneuve: o Gênio Indomável |
A Fórmula 1, nesses 1000 GPs produziu mitos e eses mitos produziram números impressionantes. Números esses que você pode conferir AQUI e que servem para embasar discussões acaloradas sobre quem é o melhor piloto da História. Acaloradas e inúteis, diga-se.
Stefan Bellof |
Dos que vi pilotar, desde 1976, destaco os que mais admirei seja pelo arrojo, coragem ou loucura: Ayrton Senna, Gilles Villeneuve, Nelson Piquet, Stefan Bellof, apesar da curta carreira (morreu em uma prova de protótipos em Spa, 1985. Saiba mais AQUI) e Fernando Alonso.
Dos atuais pilotos, Lewis Hamilton, Max Verstappen e o novato Charles Leclerc me motivam a ver todas as corridas da temporada. Mesmo a tecnologia diminuindo a importância do piloto, a Fórmula 1 segue sendo a principal categoria do automobilismo mundial. E, se circuitos enfadonhos como Barcelona, Melbourne e Hungaroring deixarem o calendário para a volta de Istambul, por exemplo, a categoria tende a ficar ainda melhor com mais emoção e corridas que não se pareçam com procissões como acontece nos enfadonhos circuitos.
Que venham mais 1000 GPs e que eu esteja vivo para ver todos eles!
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