quinta-feira, 11 de abril de 2019

GP 1000 da Fórmula 1: Fatos e mitos

Corridas épicas, tragédias, duelos, mitos construiram a principal categoria do automoblismo mundial


A Fórmula 1 desembarcou na China para a terceira corrida do mundial de 2019 e para fazer história. A corrida em solo chinês será a de n° 1000 da categoria e muitos eventos estão marcados para esse fim de semana.

Jim Clark
Essa corrida emblemática merecia um circuto mais tradicional com um público apaixonado por automobilismo. Spa, Monza ou Silverstone seriam ideais para essa prova mas a FIA decidiu não mudar o calendário (provavelmente por questoes comerciais) e a prova 1000 acabou parando na China.


Ao longo desses mil GPs, muitas Histórias foram escritas por gênios e pilotos medíocres. O que dizer de Vittório Brambilla "Gorila de Monza" que venceu apenas uma corrida e ainda bateu depois da bandeirada, na Áustria em 1975? Ou a vitória de Riccardo Patrese em Mônaco, 1982, quando só ele cruzou a linha de chegada? Ou ainda a torcida italiana vibrando com a batida do também italiano Riccardo Patrese, em Ímola, pois sua saída da prova daria a vitória para a Ferrari do francês Patrick Tambay?



Para nós brasileiros, a Fórmula 1 virou febre com as vitórias e títulos de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna! Fittipaldi sendo campeão com seu avô narrando a corrida em Monza, dobradinha de Piquet e Senna no assassinado autódromo de Jacarepaguá, Vitória de Senna em Interlagos com uma só marcha, em 1991!



Tragédias também fizeram parte da História da Fórmula 1. A morte de Roland Ratzemberger e Ayrton Senna no mesmo fim de semana em San Marino, 1994. A morte de Gilles Villeneuve, quando o banco do carro se soltou e voou com o piloto para o outro lado da pista, em Zolder, Bélgica, 1982. A morte de Ronnie Peterson no seu carro em chamas em Monza, 1978. A morte de François Cevert, decapitado após sua Tyrrel passar por baixo do guard rail, em 1973. Ou a morte do gênio Jim Clark em Hockenhein, Alemanha, em 1968.

Vigarices também fizeram parte da Fórmula 1 nesses 1000 GPs. Quem não se lembra do encerramento do GP de Mônaco de 1984, quando Ayrton Senna se aproximava velozmente para assumir a liderança de Alain Prost? Ou o próprio Alain Prost jogando seu carro em cima de seu companheiro de equipe Ayrton Senna, no Japão em 1989? Ou o troco de Ayrton em Prost no ano seguinte na mesma pista de Suzuka? Ou Michael Schumacher jogando seu carro em cima de Damon Hill em 1994 na Austrália e em cima de Jacques Villeneuve, em 1997, em Jerez de La Frontera.

Gilles Villeneuve: o Gênio Indomável
A Fórmula 1, nesses 1000 GPs produziu mitos e eses mitos produziram números impressionantes. Números esses que você pode conferir AQUI e que servem para embasar discussões acaloradas sobre quem é o melhor piloto da História. Acaloradas e inúteis, diga-se.

Stefan Bellof
Dos que vi pilotar, desde 1976, destaco os que mais admirei seja pelo arrojo, coragem ou loucura: Ayrton Senna, Gilles Villeneuve, Nelson Piquet, Stefan Bellof, apesar da curta carreira (morreu em uma prova de protótipos em Spa, 1985. Saiba mais AQUI) e Fernando Alonso. 

Dos atuais pilotos, Lewis Hamilton, Max Verstappen e o novato Charles Leclerc me motivam a ver todas as corridas da temporada. Mesmo a tecnologia diminuindo a importância do piloto, a Fórmula 1 segue sendo a principal categoria do automobilismo mundial. E, se circuitos enfadonhos como Barcelona, Melbourne e Hungaroring deixarem o calendário para a volta de Istambul, por exemplo, a categoria tende a ficar ainda melhor com mais emoção e corridas que não se pareçam com procissões como acontece nos enfadonhos circuitos.

Que venham mais 1000 GPs e que eu esteja vivo para ver todos eles!

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