segunda-feira, 8 de maio de 2017

Pelo fim dos estaduais - parte 1

Os campeonatos estaduais são um estorvo no calendário do futebol brasileiro. Ocupam 3 meses com jogos inúteis, deficitários, em gramados que mais parecem pastos, com regulamentos estúpidos e lesionando jogadores importantes, lesando os clubes que investem milhões para tê-los. É o caso, por exemplo de Gustavo Scarpa, do Fluminense. Lesionado por um jogador do Madureira, não atua desde o sábado de carnaval.

Scarpa é atingido por Douglas Lima no pasto de Los Larios. Foto: Globoesporte.com
Esses torneios só têm um beneficiado e engana-se quem pensa que é o clube que se sagra campeão. Só há benefício para as Federações que lucram, am alguns casos, mais que todos os clubes juntos. O campeonato carioca é o maior exemplo disso. Enquanto a FERJ que não tem nenhuma relevância no espetáculo do futebol ganha milhões, os clubes amargam prejuízos cavalares de bilheteria. A tétrica Federação leva 10% da renda bruta de cada jogo. Se houver prejuizo no final, problema dos clubes. A FERJ já levou o dela. 

Muitos dizem que a salvação dos pequenos clubes é o estadual. Um grande engano. Os estaduais são a morte dos pequenos clubes de futebol pois jogam por menos de 3 meses e depois demitem todo mundo, pois só terão atividade de novo em janeiro do ano seguinte. Onde estão os tradicionais São Cristóvão (campeão carioca de 1926), Campo Grande, Olaria, Goytacaz ou Americano, por exemplo? Pior! Onde está o 7 vezes campeão carioca, o América?

A melhor solução é colocar esses torneios como divisão menor do campeonato brasileiro. Ou seja, a Série D (ou E) seria estadualizada, com 12 times, que jogariam em turno e returno (22 jogos) e os 2 primeiros de cada estado jogariam playoffs até termos os 4 que subiriam para a Série C (ou D). A segunda divisão dos estaduais passariam a ser a Série E (ou F) nos mesmos moldes. 

Dessa forma os clubes menores teriam a garantia de jogar 22 jogos no ano (hoje, dependendo do estadual jogam apenas 10) e poderiam se planejar melhor. Além disso, os grandes e médios não precisariam perder 3 meses no calendário, que poderia ser adequado ao calendário mundial com o brasileirão começando em agosto e terminando em maio. Isso permitiria que os clubes brasileiros pudessem faturar com torneios de verão dos times europeus jogando contra Barcelona, Real Madrid, Milan, Manchester, etc. Além, claro, de não perder jogadores em janelas de julho, hoje, no meio do campeonato brasileiro.

Chega de torneio deficitário, chega de campo esburacado, chega de amadorismo.

#PeloFimDosEstaduais

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