terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Depois de assassinarem o Maracanã é a vez dos índios

O Brasil comemorou a sua escolha como sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. As pessoas foram as ruas, vibraram e serviram, mais uma vez, de massa de manobra. Ao não se importarem ou não gostarem de política, viraram reféns do jornalismo mentira da emissora Toda Poderosa que, em conluio com mandatários do esporte, fizeram crer a muitos que esses eventos eram um divisor de águas na história do Brasil.



O discurso fácil de que os eventos deixariam um legado para a população é mentiroso tanto na argumentação como, e sobretudo, na prática que o poder público, sobretudo do Rio de Janeiro nos mostra desde o início da preparação. A teoria foi desmontada pelos Jogos de Londres onde esperava-se 400 mil turistas e não foram nem 100 mil a capital inglesa. Na prática ... bom na prática é um festival de desrespeito aos Direitos Humanos, a História, a Educação e, pasmem, ao Esporte.



Desde o início das mudanças em nome da tal mobilidade, pessoas têm sido retiradas a força de suas casas e transferidas para bairros mais distantes do original do que permitem os Direitos Humanos. As casas são marcadas com tinta como faziam os nazistas com as residências dos judeus.

Não satisfeitos, Prefeito e Governador investem contra uma Escola Municipal que é modelo e ficou em 4° lugar no IDEB, a EM Arthur Friedenreich. Investem contra o prédio do Museu do Índio e contra os complexos esportivos Célio de Barros e Julio Delamare. Além, claro, da destruição de uma reserva para construção de um campo de Golfe quando o Rio tem o Itanhangá Golf Club que serve, e muito bem, para a disputa da modalidade em 2016.



No país das Olimpíadas de 16 os atletas do Atletismo do RJ não têm onde treinar já q o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio não cumprem acordos. Mais que não cumprir acordos com a sociedade fazem acordos lesivos à sociedade com FIFA, COI, empresário e outros adversários dos interesses públicos.



O Maracanã foi assassinado e transformado numa espécie de Robocop de concreto para atender a esses acordos. Mais de 1 bilhão de reais do meu, do seu, do nosso dinheiro enterrados ali. Agora, os índios que ocupam o prédio do Museu do Índio estão sob ameaça dos fuzis do Choque ou do Bope. O derramamento de sangue que se anuncia deve ser cobrado dos Senhores Sergio Cabral e Eduardo Paes.

2 comentários:

  1. O museu deverá ser demolido para que continuem as obras do Maracanã para os jogos, o que será benéfico para todos.

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  2. Eu pensei que os jogadores jogariam no gramado ... Qualquer país sério e honesto do mundo adoraria ter um museu contando a sua história junto ao estádio mais famoso. Menos o Brasil e menos o Estado e Município governados pela turma do guardanapo!! Cadeia aneles!

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