segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Balanço Final dos Jogos

O Brasil terminou os Jogos de Londres em 22° lugar com 3 medalhas de ouro, 5 de prata e 9 de bronze, totalizando 17 medalhas. Melhor resultado em número de medalhas. No entanto, foi um resultado esperado e mediano, medíocre. Esperado porque o Brasil não tem tradição de medalhas. Basta ver que os EUA ganham por edição a quantidade de medalhas que o Brasil tem em toda a história olímpica.



E isso acontece por falta do trabalho de base, falta da prática esportiva na escola, falta de treinamento psicológico e falta de bom uso do enorme investimento que o Governo Federal fez nesse ciclo olímpico (R$ 1,76 bi). Foi notória a falta de poder de decisão nos momentos chaves em diversas modalidades e da falta de investimento em outras, como o futebol feminino.



Em uma entrevista durante os Jogos,  Marcus Vinícius disse que a obrigação do COB não é com a base e sim com o alto rendimento. Porém não cuida nem de um nem de outro. Por outro lado, o governo não estimula a prática esportiva nas escolas como formação cidadã e, quem sabe, descoberta de talentos.



Assim, para 2016 não dá tempo de formar campeões. Já perdemos o bonde. A formação de campeões dura cerca de 10 anos e não apenas 1 ciclo olímpico. É possível que, com o apoio da torcida, o Brasil ganhe algumas medalhas que perdeu em Londres. Porém, há o risco desse apoio se tornar pressão na cabeça dos atletas se não houver um trabalho psicológico sério nesse ciclo.

Os discursos dos dirigentes que vivem no mundo do ilusionismo é o de transformação do Brasil em potência olímpica. Mas isso jamais será verdade se não tivernos um trabalho nas escolas com a prática esportiva, se não houver boa aplicação do dinheiro público, se não houver mais investimentos em patrocínio e a mídia expor as marcas das empresas que investe parando, por exemplo, de chamar a Unilever de Rio de Janeiro ou o Sollys de Osasco.



O caminho é longo e o ponto final não é não pode ser considerado no Rio de Janeiro em 2016.

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