sexta-feira, 18 de maio de 2012

Banditismo explícito e guerra declarada

Uma noite tensa. Isso é o mínimo que se pode dizer da noite de 17 de maio de 2012, em La Bombonera. Tensa pelo jogo Boca Juniors x Fluminense, hoje o maior clássico das Américas. Tensa por ser mata-mata da Libertadores. E tensa, sobretudo, pelo que aconteceu em campo.

O Fluminense começou bem, com bom posicionamento, sem chamar o Boca para seu campo. Sóbis e Thiago Neves abertos cercando a subida dos laterais e saindo rápido nos contra-ataques. Criou 3 boas oportunidades. Aos poucos o bem armado Boca Juniors equilibrou o jogo que ainda estava sob o controle do tricolor.

O primeiro desequilíbrio veio do horroroso Carlinhos. Levou um cartão amarelo ao atingir Mouche quando este estava saindo com bola e tudo perto da bandeirinha de escanteio. Minutos depois, ainda no primeiro tempo, num chutão do goleiro Orion, colocou a mão na bola e levou o segundo amarelo. Uma imbecilidade total que merece dispensa do time pois não é um jogador sério.


O segundo desequilíbrio foi a substituição inteiramente equivocada do técnico Abel. Tirar Rafael Sóbis foi de uma incrível insanidade. Sóbis compõe a marcação pelo lado direito no auxílio ao Bruno e perdemos esse apoio, uma vez que Thiago Neves e Rafael Moura não têm essa característica. Dessa maneira, e com 9 na linha, não foi possível montar as duas linhas de 4, necessárias nas circunstâncias do momento.



Mas nem Carlinhos, nem Abel foram tão decisivos quanto o árbitro colombiano. Inversão de faltas, pênalti escandaloso não marcado (que deveria vir acompanhado da expulsão do Roncaglia), critérios diferentes na aplicação dos cartões e cegueira na agressão de Schiavi a Bruno. O soprador de apito(bandido) deixou claro o banditismo e a manipulação de resultados por parte da CONMEBOL que, não nos esqueçamos, mudou o regulamento da competição após termos duas finais seguidas entre brasileiros.

O Fluminense é o único brasileiro 3m sua chave contra 3 na outra chave. Sua eliminação interessa a CONMEBOL pois, assim, não haverá chance de final brasileira na competição.

É possível reverter? É! Mas o Fluminense não pode se lançar ao ataque enlouquecidamente, Precisa atacar, pressionar com organização e muita vontade. Encarnar o espírito de guerra que tomou conta desse confronto. Tudo isso sem deixar espaços para Riquelme, Cvitanich e Mouche. Abel precisa entender que Wagner pode até vir a ser o jogador de 2008/2009 mas não será agora. O risco é alto demais. E a torcida, dentro do Engenhão, cantar sem parar, haja o que houver. Fora de campo, vale tudo. Aliás, esse confronto, essa guerra, tem que começar a ser ganha no desembarque dos argentinos no Galeão.

Que a estadia dos árbitros e dos adversários no Rio de Janeiro seja um verdadeiro INFERNO!

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