terça-feira, 15 de março de 2011

A saída de Muricy

O FLUMINENSE perdeu, após o Fla x Flu, o melhor técnico do Brasil. Muricy Ramalho se despediu do elenco no vestiário do Engenhão após o jogo e coube ao Presidente Peter Siemsen a comunicação a imprensa e a torcida.

O motivo alegado pelo treinador é a falta de estrutura das Laranjeiras. Mas, também, há reclamações sobre vazamento de informações para a imprensa.

Após a saída ser confirmada, parte da torcida tricolor se voltou contra o técnico. Uns o chamando de mercenário por estar, segundo estes, acertado com o Santos. Outros o acusando de covardia por não dar uma coletiva no domingo.

Afora a ânsia por explicações e satisfações da torcida tricolor, o fato que é que não há indícios de que Muricy tenha negociado com nenhum outro clube. Em suas entrevistas, nessa segunda-feira, o técnico reiterou a questão da estrutura e do vazamento de informações como causas de sua insatisfação e pedido de demissão. Se esses motivos seriam suficientes ou não e/ou não teriam outros motivos como ingerência do patrocinador no futebol do clube ninguém sabe, a não ser o próprio Muricy, Celso Barros e, talvez, Peter Siemsen.




Curiosamente, a torcida tricolor se voltou ainda mais contra o ex-técnico pelas críticas públicas, endossadas por Peter Siemsen e Carlos Alberto Parreira, e esqueceu que essas críticas são feitas desde o ano passado, têm razão de existir e é preciso que se arrume solução. A rigor, tricolores de diferentes pontos do país agem como marido traído, o que, de fato, não aconteceu.

Curioso, também, o retorno de Fred e Deco, dois ilustres hóspedes do departamento médico, ao time logo após a saída do técnico e do Vice Presidente de Futebol, Alcides Antunes.




A diretoria do Fluminense, que trabalha em silêncio para viabilizar os recursos para a construção do CT, deve redobrar os esforços para melhorar as condições de trabalho pois o clube é o pior de todos os grandes clubes do Brasil nesse quesito. Fato é que o Fluminense, quebrado financeiramente por gestões catastróficas, não terá facilidade no mercado para levantar esses recursos.

O que não foi feito em 108 anos é cobrado agora em menos de 3 meses de gestão do Presidente Peter Siemsen. Que ele tenha maturidade e habilidade para continuar o trabalho mesmo com a pressão que já vem das arquibancadas.

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