quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rumo ao TRI

"Pai, o juiz tá roubando para os limão" - esse foi meu primeiro comentário futebolístico dentro do Maracanã que viria a ser minha segunda e mais bela casa. Era 10 de junho de 1975 e meu pai me levara para ver Fluminense 1 x 0 Bayern de Munique, base da seleção alemã campeã do mundo 1 ano antes. Nem me lembro dessa frase, meu pai sempre repete essa história e me divirto com o dia em que conheci meu amor.

Antes disso, eu sonhava com o FLU sem saber que o FLU existia. Nasci 14 dias antes do título brasileiro de 1970. Com duas semanas já tinha uma faixa de campeão tricolor envolvendo meu corpo e minha alma. Nas brincadeiras já demonstrava a alma campeã de um tricolor.

Mas, a partir daquele dia de junho de 1975 eu aprendi o que era o amor verdadeiro, puro e desinteressado. Naquele dia o Fluminense tatuou seu nome e sua história no meu coração.

Ao longo de todo esse tempo o Fluminense conquistou muito, perdeu algumas e foi, a cada dia, mostrando que nada é mais importante que ele. Que nada me traz tanta felicidade ou tristeza que ele. Que em nenhum lugar do mundo eu serei totalmente feliz sem ele.

Hoje, estamos perto do TRI brasileiro. Faltam apenas 4 jogos para uma conquista épica contra tudo e contra todos. Contra, inclusive, a nossa própria desconfiança diante de tantas contusões, tantos erros de arbitragem a favor de um dos adversários, tanta oposição da imprensa.

Vi times maravilhosos, outros horrorosos. Vi Romerito, Deley, Assis, Paulo Victor, Branco, Ricardo, Romário, Renato, etc. Mas também vi Dacroce, Helio, Toninho El Bíblico, Dico Maradona, Itaberá, Mano, etc. Heróis ou vilões, todos mantiveram aceso o amor por esse clube.

Hoje é hora de olharmos pro nosso passado com orgulho e pensarmos num futuro mais glorioso ainda. É hora dos tricolores vivos ou mortos se prepararem para comparecer ao Engenhão e cantar o tempo todo, vibrar e incentivar os jogadores em campo; É hora dos jogadores darem o esforço final para a conquista que já tarda 26 anos e que tanto sonhamos diariamente.

Aquele menino de 4 anos, em 75, nunca mais saiu de dentro de mim. E ele, que aprendeu o que é amor ao FLU com Rivelino e cia, quer explodir em lágrimas com Fred, Washington, Berna, Mariano e o ídolo Conca. Faltam só 4. Faltam só 4 batalhas que temos que travar juntos, time e torcida.

Rumo ao TRI

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