sexta-feira, 1 de outubro de 2010

13 Jogos do Fluzão - Fluminense 1x2 Grêmio - 1982

Aquele 07 de abril de 1982 havia acordado em 3 cores. Não havia como perder a classificação pras semi-finais do campeonato brasileiro. 3 dias antes eu vira pela TV o empate com o Grêmio no Olímpico. Aliás, foi o primeiro jogo que vi com a narração do Sílvio Luís. O 1x1 em Porto Alegre fora um resultado justo que nos garantira a vantagem do empate no jogo de volta, no Maraca.

Em 82 eu estudava num horário maluco que tinha no Jeam Mermoz, das 11h às 15h. Acordei, tomei café e, como de costume naquela época, fui jogar botão para prever o resultado da noite. Lógico que o FLU venceu por goleada e eu fui tomar banho tranquilo para ir para a escola.

A conversa no pátio do Jean Mermoz não podia ser outra: o jogo da noite. Na véspera o Flamengo eliminara o Santos e tínhamos a chance de fazer a final do brasileiro contra eles, caso avançássemos.

A noite, me preparei para ouvir o jogo. Peguei uma caneca, coloquei nescau, farinha láctea e fui pra sala. Lá, liguei a vitrola Telefunken gigantesca e comecei a ouvir. Primeiro tempo 0x0. Tava bom! O resultado era nosso. Começa o segundo tempo e logo aos 2 minutos o Mario, remanescente do time campeão carioca de 80, coloca no fundo do barbante. gritei tão alto que minha mãe me deu um esporro porque ela já estava dormindo.

Agora ninguém mais nos seguraria. Já estávamos nas semi. Nada poderia nos deter. Ledo engano. Aos 14, Tonho empatou. Porra! Pensei: Só o FLU pra tomar gol de um jogador chamado Tonho!!! Mas o 1x1 ainda nos garantia e, como nada pro FLU vem sem sofrimento, iriíamos conseguir. Mas, aos 37 minutos, Paulo Isidoro marcou, o Grêmio virou, eu desliguei a vitrola e chorei.

Fui pro banheiro e lá orei em prantos pelo empate, Não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Voltei pra sala, religuei a vitrolona e o jogo acabou. Estávamos eliminados. Foi a primeira decepção de minha vida

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